



O AVC é caudado pela obstrução de oxigênio e de nutrientes para o cérebro. Há dois tipos: o esquêmico, causado por placas de arteriosclerose ou coágulos que obstruem os vasos sanguineos, ou o hemorrágico, no qual ocorre o rompimento dos vasos e o extravasamento de sangue.
Segundo o Ministério da Saúde, mais de 90 mil pessoas morrem por ano no país em decorrência do AVC, doença responsável também por 40% das aposentadorias precoces. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que mais de 15 milhões de pessoas têm AVC por ano no mundo, sendo que aproximadamente cinco milhões de pessoas morrem e outros cinco milhões ficam com sequelas mentais e físicas.
O ataque pode deixar consequências graves no paciente, por isso, a identificação rápida dos sintomas é fundamental para evitar complicações e permitir que o paciente se recupere totalmente, mantendo a qualidade de vida com o atendimento e tratamento corretos.
Uma pesquisa do neurologista Octávio Marques Pontes-Neto, da USP de Ribeirão Preto, mostra que um dos motivos para o grande número de sequelas e óbitos no País em decorrência do AVC é a falta de informação sobre como reconhecer os sintomas.
Os sinais são de fácil identificação, mas não são exclusivos do AVC. Uma pessoa em crise de AVC pode apresentar:
- Diminuição de força e dormência de um dos lados do corpo
- Diminuição aguda da visão de um ou ambos os olhos
- Dificuldade para falar (fala enrolada) ou para entender a fala dos outros
- Dor de cabeça inédita com início súbito (explosivo)
- Alteração do equilíbrio
Uma forma de confirmar o ataque é pedir para que a pessoa em suspeita faça uma mímica facial ou dê um sorriso, por meio dessa duas formas é possível perceber o desvio entre uma face do rosto e a outra.
Alguns fatores contribuem para o risco de ter um AVC, entre eles hipertensão, tabagismo, problemas cardíacos, maus hábitos alimentares e estresse, diabetes, alteração de colesterol e triglicérides, abuso do álcool, obesidade e causas genéticas.
Atualmente, existem medicamentos que, se aplicados em até três horas após o início dos sintomas, pode minimizar as sequelas do ataque.
Campanha
Entre 24 a 29 de outubro, ocorre a Campanha Nacional de Combate ao Acidente Vascular Cerebral, que este ano tem como tema: “Uma em cada seis pessoas terá um AVC em sua vida. E esta pessoa pode ser você!"
Brasília, 24 out (Prensa Latina) O protozoo Trypanosoma cruzi, causador do mau de Chagas, produz uma enzima que pode ajudar a combater doenças cardíacas, indica um estudo de pesquisadores brasileiros, divulgado hoje em São Paulo. De acordo com a estatal Agência Brasil, pesquisadores do Instituto do Coração da Universidade de Sao (Incor-USP) constataram que esse animal unicelular produz uma enzima chamada transialidase. "Estudos realizados ao longo de 10 anos pelo Incor-USP já comprovaram que, em animais, essa enzima consegue eliminar as placas de colesterol que se aderem às arterias, reduzindo assim o risco de infartos", indica a fonte informativa. Aponta que a diretora do Laboratório de Inflamação e Infecção desse centro paulistano, Maria de Lourdes Higuchi, dedicada a pesquisar o mau de Chagas, percebeu que nenhum dos afetados por esta doença apresentava arteriosclerose (acumulação de colesterol nas veias). Então, Higuchi decidiu estudar os motivos disso e descobriu que a enzima transialidase elimina das células humanas ácido siálico, agente que ajuda às bactérias a se unir ao colesterol e aderir às paredes das artérias, formando blocos de gordura. Para a pesquisadora, a ação dessa enzima no combate ao colesterol está confirmada em coelhos, mas -acrescentou- agora precisamos recursos para provar seus efeitos em humanos. De ter esse dinheiro, Higuchi afirma que em três ou quatro anos poderiam concluir esse estudo. O diretor da Divisão de Cardiología Clínica do Incor-USP, José Antônio Ramires, espera que se consiga esse financiamento e adiantou que um possível tratamento dos problemas cardíacos a partir da transialidase seria "uma mudança de paradigma" e um grande benefício para os pacientes. A Agência Brasil assinala que Ramires recordou que cerca de um terço das mortes no Brasil são causadas por doenças do coração, a metade delas devido à arteriosclerose. mem/ale/bj |
Por Sousa Neto/Folha do Vale – A noite desta sexta-feira, 21, será especial para o poeta J. Sousa e, principalmente, para a cultura popular regional, que tem na literatura de cordel uma de suas mais fortes e ricas expressões.
O cordel O Mundo em Frente e Verso, que reúne alguns dos principais poemas do cordelista, será lançado na sede da fundação, localizada na Av. Padre Lourenço, em Itaporanga, a partir das 20 horas, e depois vai ganhar as prateleiras das escolas e bibliotecas de todo o Vale. Mais de 2 mil exemplares serão distribuídos gratuitamente na região. O evento também marca o Dia do Poeta, 20 de outubro.
A obra nasceu do projeto Cordel na Escola, da Fundação José Francisco de Sousa, que foi contemplado com o Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 Patativa do Assaré, e o objetivo é resgatar e difundir a literatura de cordel no Vale, alcançando principalmente estudantes e jovens em geral.
Ter acesso à literatura de sua própria terra, reconhecendo nela seu cotidiano e sua realidade, é fortalecer no habitante regional o sentimento de identidade e pertencimento cultural à comunidade onde está inserido.
Além dos milhares de exemplares que serão disponibilizados gratuitamente para estudantes e público em geral em Itaporanga e em todo o Vale, igual número de folhetos será entregue ao poeta J. Sousa para que ele repasse comercialmente A obra à comunidade e obtenha alguma renda com o seu trabalho.
O Mundo em Frente e Verso é um cordel-livro, tem 74 páginas e belos poemas sobre os mais diversos temas da realidade. Realismo, imaginação e bom humor são ingredientes da literatura de cordel, temperos que dão sabor especial à obra de J., cuja capa é de autoria do chargista Kadinho.
A qualidade da obra do poeta e o projeto elaborado pela fundação foram fundamentais para que a entidade vencesse a concorrência nacional. O edital do Mais Cultura de Literatura de Cordel, lançado o ano passado, disponibilizou apenas 80 prêmios para a publicação do folheto e, apesar de concorrer com milhares de projetos de todo o país, a fundação José Francisco de Sousa saiu vitoriosa, derrubando projetos de estados poderosos como São Paulo, Pernambuco, Ceará, Bahia e outros.
Essa é a segunda grande obra publicada pela fundação. O ano passado a entidade lançou o livro Vale: rimas e reflexões, uma coletânea de poetas populares regionais, que foi distribuído gratuitamente em escolas e bibliotecas de toda a região.
Este ano, além da obra de J. Sousa, a fundação também publicou o cordel A Chegada de Padre Zé ao Céu, uma homenagem à memória do monsenhor Sinfrônio, falecido há cinco anos.
A fundação é uma entidade humanitária e também voltada ao desenvolvimento cultural de Itaporanga e do Vale. A instituição é mantida pelo jornal Folha do Vale e tem diversas atividades nos campos da cultura, educação, assistência jurídica e social. Foto (www.folhadovali.com.br): imagem parcial da capa do cordel O Mundo em Frente e Verso.