sábado, 21 de novembro de 2020

CUBA NA HISTÓRIA - PAULO CONSERVA


CUBA NA HISTÓRIA




Altamente relevante tem sido o reatamento diplomático e comercial entre o Brasil e Cuba sob as benções de Sua Santidade, o Papa Francisco. Ao  mesmo tempo, a distensão da famigerada, guerra fria imposta à heróica Ilha do Caribe sob o comando de Fidel Castro há mais de 50 anos, além do criminoso bloqueio econômico com vistas a matar de fome aquele destemido povo latino americano desde 1961 quando os gusanos-contra revolucionários cubanos exilados em Miami e na América Central - Nicarágua Honduras e Guatemala sob os auspícios da CIA e do Pentágono foram rechaçados   em Playa Giron em apenas 72 horas de combate sob a orientação do próprio Fidel Castro que meses depois de negociações diplomáticas os trocaria por máquinas agrícolas e tratores bem como medicamentos para ilha  bloqueada selvagemmente, tudo voltaria  à aparentemente normalidade.
Aparentemente, sim, porque na verdade a contra-inteligência Cubana teve que redobrar seus esforços físicos e psicológicos para neutralizar inúmeros atentados da CIA, em seu próprio território, incendiando canaviais e engenhos de açúcar  para destroçar a produção açucareira Cubana bem como prédios comerciais não apenas em Havana como também em toda a extensão  da Ilha com seus 114 mil Km quadrados. Um pouquinho maior do que a nossa Paraíba que detém apenas 92.000 km².
A tristemente célebre OEA - Organização dos Estados Americanos - verdadeiro antro da contra Revolução em todo o mundo, em especial em nosso Continente, não apenas fazia vistas grossas para as pilantragens yankes na ilha caribenha como abertamente acobertava e protegia com sua imunda imunidade diplomática todos os malfeitores a sufocar a gloriosa revolução Cubana que triunfara a 1° de janeiro de 1959.
Dois anos depois, em 1961, a mesma Organização dos Estados Americanos súdita-mór dos Estados Unidos da América do Norte, solicita os préstimos do Brasil para enviar nossos soldados à República Dominicana onde uma nova rebelião ameaçava a Paz continental sob o comando do coronel Francisco Alberto Caamaño Deñó. E até lá se foi um contingente brasileiro para bater continências aos marines yankes. Aquela época eu recordo muito bem. Expulso da nossa gloriosa Marinha do Brasil em outubro de 1964 dada a minha participação na ASSOCIAÇÃO DOS MARINHEIROS E FUZILEIROS NAVAIS DO BRASIL, estava à espera do primeiro julgamento na 1ª Auditoria Naval. Graças à solidariedade do 1° tenente Ednilo Soárez  que da Marinha pedira baixa e gerenciava o Argentina Hotel  localizado na rua Cruz e Lima nº 30 na Praia do Flamengo, de propriedade do Sr. Emilio, seu sogro, ali fui trabalhar.  Ficaria até 1966 quando partiria para exílio mexicano, após a condenação a 9 anos, e seis meses de prisão.
 Do México, em 1967, viajaria a Cuba regressando ao Brasil, 12 anos depois, em 1979, com a Anistia promulgada pelo  General de Exercito João Batista de Oliveira Figueiredo;  a partir de então viveria novo capítulo da minha trajetória pessoal ao lado do governador Brizola, quando lancei minha primeira obra literária (A REVOLUÇÃO DE MUGIQUI) pela editora Codecri – Pasquim,  mas ai já é outra história.



Itaporanga, PB; 26 de Fevereiro de 2016



                                                 

PAULO ALVES CONSERVA
JORNALISTA/ESCRITOR





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