CUBA NA
HISTÓRIA
Altamente relevante tem sido o reatamento
diplomático e comercial entre o Brasil e Cuba sob as benções de Sua Santidade,
o Papa Francisco. Ao mesmo tempo, a distensão
da famigerada, guerra fria imposta à heróica Ilha do Caribe sob o comando de
Fidel Castro há mais de 50 anos, além do criminoso bloqueio econômico com vistas
a matar de fome aquele destemido povo latino americano desde 1961 quando os
gusanos-contra revolucionários cubanos exilados em Miami e na América Central -
Nicarágua Honduras e Guatemala sob os auspícios da CIA e do Pentágono foram rechaçados
em Playa Giron em apenas 72 horas de
combate sob a orientação do próprio Fidel Castro que meses depois de
negociações diplomáticas os trocaria por máquinas agrícolas e tratores bem como
medicamentos para ilha bloqueada selvagemmente,
tudo voltaria à aparentemente normalidade.
Aparentemente, sim, porque na verdade a
contra-inteligência Cubana teve que redobrar seus esforços físicos e
psicológicos para neutralizar inúmeros atentados da CIA, em seu próprio
território, incendiando canaviais e engenhos de açúcar para destroçar a produção açucareira Cubana
bem como prédios comerciais não apenas em Havana como também em toda a extensão
da Ilha com seus 114 mil Km quadrados.
Um pouquinho maior do que a nossa Paraíba que detém apenas 92.000 km².
A tristemente célebre OEA - Organização dos
Estados Americanos - verdadeiro antro da contra Revolução em todo o mundo, em
especial em nosso Continente, não apenas fazia vistas grossas para as
pilantragens yankes na ilha caribenha como abertamente acobertava e protegia
com sua imunda imunidade diplomática todos os malfeitores a sufocar a gloriosa
revolução Cubana que triunfara a 1° de janeiro de 1959.
Dois anos depois, em 1961, a mesma Organização
dos Estados Americanos súdita-mór dos Estados Unidos da América do Norte,
solicita os préstimos do Brasil para enviar nossos soldados à República Dominicana
onde uma nova rebelião ameaçava a Paz continental sob o comando do coronel Francisco
Alberto Caamaño Deñó. E até lá se foi um contingente brasileiro para bater
continências aos marines yankes. Aquela época eu recordo muito bem. Expulso da
nossa gloriosa Marinha do Brasil em outubro de 1964 dada a minha participação
na ASSOCIAÇÃO DOS MARINHEIROS E FUZILEIROS NAVAIS DO BRASIL, estava à espera do
primeiro julgamento na 1ª Auditoria Naval. Graças à solidariedade do 1° tenente
Ednilo Soárez que da Marinha pedira
baixa e gerenciava o Argentina Hotel localizado na rua Cruz e Lima nº 30 na Praia
do Flamengo, de propriedade do Sr. Emilio, seu sogro, ali fui trabalhar. Ficaria até 1966 quando partiria para exílio
mexicano, após a condenação a 9 anos, e seis meses de prisão.
Do
México, em 1967, viajaria a Cuba regressando ao Brasil, 12 anos depois, em 1979,
com a Anistia promulgada pelo General de
Exercito João Batista de Oliveira Figueiredo; a partir de então viveria novo capítulo da
minha trajetória pessoal ao lado do governador Brizola, quando lancei minha
primeira obra literária (A REVOLUÇÃO DE MUGIQUI) pela editora Codecri –
Pasquim, mas ai já é outra história.
Itaporanga, PB; 26 de Fevereiro de 2016
PAULO ALVES
CONSERVA
JORNALISTA/ESCRITOR
Nenhum comentário:
Postar um comentário