quarta-feira, 5 de junho de 2013

De Volta para o passado

Há 85 anos, nascia em Minas Gerais, o cantor Ivon Curi, que morreu no dia 24 de junho de                     1995.


ivon-cury
Foto (Internet)

[05 / 06 / 1928 <==> 24 / 06 / 1995]

Ivon Curi foi um Cantor e Comediante Brasileiro, o qual nasceu na cidade mineira de Caxambu, e foi considerado um dos maiores "Showmen" do Brasil.
Filho de Maria Curi e do comerciante José Kalil Curi, teve oito irmãos, entre eles os locutores da Rádio Nacional Alberto e Jorge Curi.
Venceu um concurso de calouros com 11 anos, em sua cidade, cujo juiz era Cesar Ladeira.
Trabalhou no Laboratório Silva Araújo e foi vendedor de passagens da Panair.
Estreou na carreira artística acompanhando a orquestra do Copacabana Palace.
Caribé achava sua voz parecida com a de Jean Sablon e trouxe Vitor Costa para ouví-lo.
Ivon foi imediatamente contratado pela Rádio Nacional.
Tinha apenas 18 anos na época e dois de seus irmãos já trabalhavam na mesma emissora.
Começou cantando "La Vie em Rose" e "Pigalle" e, ao gravá-las, estourou nas paradas de sucesso.
Na realidade, sua primeira gravação havia sido "O Adeus", de Dorival Caymmi, que não obteve êxito comercial.
Em 1948, Ivon era o astro do programa "Ritmos da Panair", da Nacional.
Na década de 50, foi eleito "O Rei do Rádio" e teve cinco de seus discos entre os dez mais vendidos do país, entre eles, "Me Leva" (com Carmelia Alves), "Farinhada", "João Bobo", "Feijão", "Ta Fartando Coisa em Mim", "Amendoim Torradinho" e "Xote das Meninas".
Em 1951, Watson Macedo levou-o para a Atlântida, onde participou dos filmes da fase áurea das chanchadas e transformou-se num popular humorista de rádio, cinema e televisão.
Ivon gostava de cantar fazendo trejeitos e criou um estilo todo pessoal, que ficava entre o irreverente e o bem-comportado.
Embora lançado como cantor galã, de voz pastosa, Ivon participou da comédia "Aviso aos Navegantes" em 1951.
Como o personagem era um tipo nobre, meio maneiroso, o público começou a fazer analogias, achando-o muito delicado.
As fãs chegaram a escrever:
"Sendo como você é, você não deveria ter aparecido no cinema, pois acabaram-se os meus sonhos".
Ivon chegou a sofrer um arranhão em sua carreira, com as gravações despencando nas vendas e contratos cancelados.
Decidiu, então, encerrar a fase romântica e levou para o palco a imagem de homem alegre e piadista, lançando as cançonetas, mais interpretativas.
Atuou também nos filmes "É Fogo na Roupa", ao lado de Ankito e Adelaide Chiozzo, em 1952, "Garotas e Sambas" , "Adorável Inimigo" e "Assim era a Atlântida" em 1975.
Em meados dos anos 60, teve início o movimento da Jovem Guarda e Ivon permaneceu nove anos sem conseguir gravar.
Transformou-se em empresário da noite carioca, ao abrir o Sambão e Sinhá, restaurante-boate idealizado por ele e que tornou-se casa conceituada, onde frequentavam presidentes da República, ministros e embaixadores. Vendeu tudo em 1984 e passou a dedicar-se novamente à carreira artística.
Fez 16 temporadas em Portugal, todas com estrondoso sucesso.
Os ingressos precisavam ser adquiridos com cinco dias de antecedência.
Falava fluentemente francês, inglês e espanhol e conheceu a Ásia, África, Europa e Américas.


Ivon Curi ficou fFamoso no programa "Escolinha do Professor Raimundo"com o personagem "Galdêncio", o gaúcho da fronteira, sem a cabeleira característica.
Sua peruca ficou tão popular que inspirou Renato Aragão no bordão "pelas perucas do Ivon Cury".
Na Rede Globo, ele também partipou da novela “Feijão Maravilha”, em 1979, interpretando o “Seu” Rachid.
Em 35 anos de carreira, lançou seu 27º disco em 1994, "Douce France", interpretando clássicos franceses. Casado com Ivone Cury, deixou três filhos, Ivna, Ivana e Ivan.
[Obs.: Ivon Curi era Gay, mas nunca assumiu sua opção sexual em público].
Ivon Curi morreu aos 67 anos de idade na cidade do Rio de Janeiro devido à 
falência múltipla dos orgãos e insuficiência respiratória, devido, segundo especulações, complicações provocadas pelo vírus da AID's.

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