segunda-feira, 13 de abril de 2015

Nelson Gonçalves

Antônio Gonçalves Sobral nasceu em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, no dia 21 de junho de 1919. Logo depois, ele mudou-se com seus pais portugueses para o bairro do Brás, em São Paulo, onde foi criado. E para sobreviver, chegou a desempenhar as atividades mais diversas.

Antes de trabalhar como garçom no bar de seu irmão na Avenida São João, em São Paulo, trabalhou como engraxate, mecânico e jornaleiro. Bastante impulsivo e violento, aos 16 anos, foi campeão paulista de box, na categoria de peso-médio.

Depois, durante o tempo em que morou no Rio, após ser recusado em várias rádios, foi finalmente crooner do Cassino Copacabana Palace, alcançando então o início da tão sonhada glória nacional.

Grande ídolo na década de 50, apresentou-se em diversas capitais e cidades brasileiras. Fora do Brasil, no Uruguai, Argentina e nos Estados Unidos, onde apresentou-se, em 1961, no lendário Radio City Hall, de Nova York. No final dos anos 50, envolveu-se com cocaína. Em 1966, chegou a ser preso em flagrante, passando um mês na Casa de Detenção. Depois caiu num ostracismo que lhe custou muito sofrimento e trabalho para se reerguer.

Apesar da vida atribulada e do temperamento quente, Nelson Gonçalves dedicou mais de cinqüenta anos de sua vida à música. Durante sua carreira, gravou mais de 2.000 canções, 183 discos em 78 rpm, 128 álbuns e vendeu cerca de 78 milhões de discos, ganhou 38 discos de ouro e 20 de platina. Por seu último disco, "Ainda é Cedo" (1997), Nelson iria receber o disco de ouro.

A mais bem sucedida parceria de Nelson Gonçalves foi com o seu amigo de longa data, Adelino Moreira, um dos maiores letristas e compositores do gênero samba-canção, que compôs para Nelson mais de 370 músicas. Adelino, que ajudou a cunhar definitivamente o estilo de Nelson, esteve presente no enterro do amigo, muito emocionado, cantando trechos da música "Lua Namoradeira", tema que estava terminando de compor para a voz de Nelson.

E foi exatamente dessa parceria, a partir dos anos 50, que nasceram alguns dos maiores sucessos de Nelson, como A volta do boêmioDeusa do asfaltoFica comigo esta noiteÊxtase e Escultura. Eram temas românticos, em geral arrebatadores, de paixões perdidas ou imortais. E tudo devidamente embalado naquele maravilhoso vozeirão de grande extensão e muita emoção pura. E Nelson gabava-se de usar apenas um terço da potência de sua voz. A morte de Nelson Gonçalves, aos 78 anos, no sábado do dia 18 de abril de 1998, encerrou uma era na música brasileira.

Algumas músicas

A alma do tutuA beleza dos meus olhosA deusa da minha ruaA flor do meu bairroA hora é boaA media luz (versão)A mulher do seu JoséA mulher dos sonhos meusA noite do meu bemA rainha do marA saudade é um compasso demaisA saudade mata a genteA última estrofeA valsa de MariaA valsa de quem não tem amorA volta do boêmioA voz do violãoAdeus (Cinco letras que choram)Ai, morenaAi amorAlma que choraAmarga confissãoAmigoAmor perfeitoApeloAquela mulherArgumentoArrependidaAs pastorinhasAs rosas não falamAté que enfim favelaAtiraste uma pedraAve-Maria no morro,

BaianinhaBoêmio demodêBons tempos aquelesBrasilBrasil coração da gente,Brinquei com o amorCabelos brancosCabelos cor de prataCadeira vazia,CaminhemosCamisola do diaCarlos GardelCasa de sopapoCasamento é loteriaCertinhaChão de estrelasChore comigoCicloneCiúme, Comentário,Como sofre essa mulherComo vai vocêCom que roupa?ConselhoCovarde.

Da cor do pecadoDama, valete e rei, DatilógrafaDeixe que ela se váDepois de 2001Depois do amorDestinoDeusa do asfaltoDeusa do MaracanãDiga,Direito de amarDoidivanaDolores SierraDona RosaDor da saudadeDora,Dorme que eu velo por tiDos meu braços não sairásÉ sempre bomEla disse-me assimEla me beijouEla tem que se humilharEnfermeiraEnigmaErrei, erramos,EsculturaEspanholaEsse moços (Pobres moços)Esta noite me embriagoEstrelas na lamaEstudanteEu não posso viver sem mulherEu quero te ver morenaEu sei que vou te amarÊxtase,

Fala por mim violãoFalsos poemas,FantocheFeitiço da VilaFeitio de oração,Fica comigo esta noiteFicarásFingiu que não me viuFita amarelaFoi vocêFolha mortaFormosa mulherFrancisco Alves,História da LapaHistória do pierrôHistória joaninaHoje quem paga sou euIngrataIsso aqui tem dono.

Juramento falsoLadrãozinhoLágrima sentidaLamentoLembrançasLevanta-me meu amorMadrugadaMãe MariaMágoas de cabocloMais uma vezManiasManicure,Maria BethâniaMariluMarinaMariposaMatriz ou filialMemórias do Café Nice,Menina dos olhosMensageira diletaMeu barco é veleiroMeu castigoMeu desejoMeu dilemaMeu perdão não terásMeu perfilMeu vício é vocêMeus amoresMeu triste long-playMinha revelaçãoMoçaMoçoModinhaMulher,Mulheres de ninguém,

Nada alémNadirNão aguento maisNão fiquei loucoNão me olhe assimNão sou feliz nos amoresNão tenho queixaNaquela mesaNega manhosaNegue,Nem às paredes confessoNem coberta de ouroNinguém vem ouvir meus aisNo céu é assimNoite cheia de estrelasNoite da saudadeNoite de luaNormalista,Nossa comédiaNosso amorNossos momentosNúmero umNunca.

O amanhã do nosso amorO diabo da mulher,  O homem da capa pretaO relógio da centralOdaliscaOlhos negrosOnde anda vocêOs anos carregaramOuça,Palpite infelizPela primeira vezPelas lágrimasPensando em tiPepitaPerdôo simPerfeitamentePiedosa mentiraPodia ser piorPõe a mão na consciênciaPra teu castigoPrimeira mulherPrincesa de BagdáProfetaProtestoPuxa os cabelos delaQuando a saudade vierQuando é noite de luaQuando o samba acabouQuando voltares...Quatro amoresQueira DeusQueixasQuem fala é o coraçãoQuem há de dizerQuem mente perde a razãoQuem seráQuem tem,

RenúnciaRestinho de amorRevoltaRisqueRondaRosaRosáliaSantaSão JorgeSapotiSaudade que maltrataSaudades do RioSe acaso você chegasse,Se ela perguntar por mimSe eu pudesse um diaSe você quer deixar o meu lar,SegredoSempre em meu coraçãoSempre juntosSeresta moderna,  Serpentina,SilêncioSilêncio da serestaSinto-me bemSó euSó nós doisSolidãoSomos iguaisSorris da minha dorSuas mãos,

Tanto bate até que furaTenho outra em seu lugarTeu retratoTimidezToureiro,Três apitosTudo é nostalgiaTudo em vãoÚltima serestaÚltimo DesejoUno,Valsa do amorVem surgindo a AvenidaViagemVocê é que pensaVolta,VoltarásVoltei à residência.

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