De olho nos fiéis das duas maiores religiões do país, os três principais candidatos à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB), se preparam para peregrinar — em maior ou menor escala — em igrejas católicas e templos evangélicos. Mesmo cuidadosos ao tratar do tema, nenhum deles é capaz de desconsiderar o perfil religioso do Brasil, onde apenas 8% da população se declara sem credo, segundo o Censo 2010.
Um dos eventos mais aguardados por parte dos fiéis é um debate organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para 16 de setembro. Os partidos dos três presidenciáveis confirmaram presença. O perfil religioso do brasileiro voltou ao centro do debate com a ascensão de Marina ao posto de candidata do PSB. Evangélica, ela ganhou 19 pontos percentuais entre os seguidores desse credo, considerado por cientistas políticos o que mais influencia na hora do voto.
“A religião evangélica é a que mais tem peso nas eleições. Há pastores que se manifestam a favor de candidatos, e o fiel geralmente segue as orientações. Não ocorre o mesmo entre os católicos”, diz o filósofo e cientista político Denis Rosenfield, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Os evangélicos — 42,3 milhões de fiéis — representam 20% da população brasileira de acordo com o Censo 2010.
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