sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Venda da Celb no Governo Cássio pode virar alvo de CPI

Venda da Celb no Governo Cássio pode virar alvo de CPI


O presidente da Câmara de Vereadores de Campina Grande, Pimentel Filho, confirmou, em entrevista, que será criada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a venda da antiga Celb, hoje Energisa.

A venda da Celb ocorreu há mais de 15 anos, na segunda gestão do então prefeito da cidade Cássio Cunha Lima, hoje Senador da República. Dos 21 vereadores que integram a legislatura, 11 votaram a favor da privatização.

O presidente da CMCG, á época, o então vereador Rômulo Gouveia, teve que dá o voto de minerva, visto que a votação terminou empatada em 10 x 10.

Segundo Pimentel, o objetivo da CPI é iniciar uma investigação sobre em que bases se deu o processo de privatização da antiga Companhia Energética da Borborema –Celb – hoje Energisa Borborema.

Na visão do vereador que na época integrava a bancada de oposição, e foi contra a venda do patrimônio, a negociação foi prejudicial à Prefeitura de Campina Grande, que pode ter perdido valores incalculáveis, considerando informação recente que o presidente obteve. Pimentel explica que a Prefeitura de Campina Grande era majoritária no comando da empresa e negociou apenas 45% de suas ações, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.


“Ora, se a Prefeitura de Campina era majoritária, imaginemos que ela detinha, no mínimo, 51% do comando da empresa. E, se a Prefeitura vendeu apenas 45%, a diferença de seis por cento foi parar aonde? Em isso sendo verdadeiro, a prefeitura ainda é sócia da empresa, hoje Energisa, e pode estar perdendo recursos mês após mês e nós temos que investigar para saber os detalhes dessa operação”, afirmou Pimentel.

Segundo o presidente, como o processo de privatização ocorreu há cerca de 20 anos, esse tempo todo a Prefeitura de Campina Grande pode estar tendo prejuízo. “Se isso for verdade, há 20 anos não vem sendo repassados os dividendos à Prefeitura. Isso significa milhões de reais e a gente vai procurar saber sobre este dinheiro”, afirmou.


Na época votaram a favor da privatização, vereadores como Manoel Ludgério, Romero Rodrigues, hoje prefeito da cidade; Maria Barbosa, Rômulo Gouveia, entre outros governistas. Foram contra a privatização Veneziano Vital do Rêgo, hoje deputado federal; Pimentel Filho; Bruno Gaudêncio, Guilherme Almeida, entre outros oposicionistas, a época liderados pela então vereadora Cozete Barbosa.



PBAgora

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