Dois anos após sua eleição, o primeiro papa latino-americano da história, Francisco, se tornou um fenômeno de massas por seus gestos e abertura, mas seu projeto de reformas gera resistências internas crescentes. Eleito no dia 13 de março de 2013, após a surpreendente renúncia de Bento XVI que foi alvo de escândalos e intrigas, Francisco assumiu a direção espiritual de mais de 1,2 bilhão de católicos com um estilo novo, fresco e simples, o que lhe valeu o título de uma das personalidades mais carismáticas do mundo.
Em um prazo recorde conseguiu fazer com que os católicos voltassem a apreciar a Igreja em um momento de crise econômica em todo o mundo, valorizando seu compromisso com os pobres, os idosos e disposto a dar alívio aos divorciados que voltam a se casar, assim como aos casais gays.
O líder que prometeu mudar o sistema operacional da Igreja, que considera fundamental descentralizar, dar espaço às igrejas periféricas, e que quis renovar a poderosa Cúria Romana, o governo central, acusada de acumular poder, riqueza e privilégios, não parece dispor de muito tempo para realizar as mudanças. “Muitos esperam olhando para o relógio o fim do pontificado”, advertiu o veterano vaticanista Marco Politi, autor do livro “Francisco entre os lobos”.
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