SEXTA FEIRA, 13
Os
últimos dias do Governo João Goulart são descritos e comentados pelo Ministro
da Justiça Abelardo Jurema, já no seu exílio em Lima, no Peru, após o golpe militar
de primeiro de abril de 1964, apelidado de “revolução’’ pelos acólitos do poder
então instaurado em nosso país sob o respaldo de fuzis e baionetas, durante
mais de vinte anos. “Assisto aqui no Peru, a uma união esdrúxula e até
inconcebível, no campo político, entre e General Ódria e o líder aprista Haya
de La Torre, inimigos irreconciliáveis num passado de trinta anos. No Brasil,
procurou-se desfazer uma união de 30 anos. Paradoxalmente. Para perda do poder!
Não
chegou ela a se desfazer, apesar da ação constante de suas forças negativas,
mas os efeitos se precipitaram aos primeiros sinais de seu enfraquecimento e os
dois lideres autênticos e historicamente vinculados então hoje, prescrito”,
afirmava o ilustre paraibano referindo-se a Jucelino Kubistchek e João Goulart.
E continuava no seu esboço de SEXTA FEIRA, 13: “não sei de mal maior à
democracia brasileira, cujo povo perdeu o direito de opção, através de um
processo que quase se distancia das suas tradições, dos seus costumes, da sua
índole e mesmo da sua formação imperial
e republicana”.
HOJE
É SEXTA FEIRA, 13; relembro o comício das reformas em 1964 no coração do Rio de
Janeiro, em frente à Central do Brasil, ao qual compareci para acompanhar de
perto tão importante evento cívico e patriótico no qual se denunciava o golpe que se aproximava
a partir das Minas Gerais sob o comando do General Meira Matos e as benções
político-golpistas dos líderes civis Magalhães Pinto e Carlos Lacerda,
governadores de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Estamos
a 51 anos daqueles nefastos acontecimentos que abalaram a Nação com o golpe
militar que começou em Washington, na abalizada observação do saudoso escritor
Edmar Morell.
Nos
dias de hoje, segmentos reacionários apregoam o impeachment da Presidente Dilma
Roussef, numa espécie de terceiro turno já que nas urnas seu candidato Aécio ficou prá trás.
Não
importa, porém!
A
verdade será imposta quando se fizer necessário, para o bem de todos.
Itaporanga,
PB, 13 de Março de 2015
Paulo
Conserva
Jornalista/Escritor
Nenhum comentário:
Postar um comentário