A juíza da 3ª Vara de Itaporanga, Juliana Maroja, deferiu, na tarde desta terça, 29, pedido de liberdade provisória protocolado pelo advogado Severino dos Ramos, conhecido como Dr. Raminho, em benefício dos três homens presos na manhã dessa segunda-feira, 28, minutos depois de retirarem, indevidamente, dois refletores (foto) do Cristo Rei, monumento religioso da paróquia local. O eletricista e ex-jogador de futebol, Donilton Coringa dos Santos, de 38 anos, e dois colaboradores dele, José Eudo da Silva, de 22, e Lourenço Matias Marinheiro, de 35, ambos residentes no conjunto Chagas Soares, foram presos pela PM, acionada pelo padre Cláudio Barros, e levados para a delegacia local, onde foram autuados em flagrante por furto pelo delegado Cristiano Santana e depois recolhidos à cadeia pública, onde ficaram até o final da tarde desta terça-feira, conforme apurou a Folha. Os três homens não têm antecedentes criminais e um deles, Donilton, é uma figura muito conhecida no município, onde mantém, há mais de uma década, um time chamado Jurema, várias vezes campeão do Poeirão. “Não havia necessidade de prisão dessas pessoas: a coisa deveria ter sido resolvida na base do diálogo, porque o que houve foi um mal entendido”, comenta Dr. Raminho, ao argumentar que, como “Donilton tem uma empresa de eletricidade que presta serviço à Prefeitura e a outras instituições locais, e há muito tempo existia uma relação de confiança entre o Município e a Paróquia, que costumava ceder os refletores sempre que o poder público necessitava para o campo de futebol, ele não teve receio de pegar esses refletores, mas seu erro foi não ter avisado ao padre, que é novo na paróquia”. Para Dr. Raminho, os acusados são três pessoas de bem e que não praticaram nenhum furto, porque “ninguém furta nada às dez horas da manhã e depois fica com os objetos no carro enfrente de sua própria casa, com todo mundo vendo, ou seja, se tivesse havido furto, ninguém teria tomado conhecimento”. Soltos, os homens vão agora responder ao processo em liberdade e certamente serão absolvidos, conforme ainda o advogado.
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