Convidaram o cordelista a fazer uma apresentação para o governador, mas queriam que ele declamasse para um plenário vazio
DESAFO DE UM POETA
Na arte da poesia
Nos versos que me convém
Só me levam a pensar
Como é bom fazer o bem
Mostrar sempre o meu valor
Pois quem me decepcionou
Competência aqui não tem
XX
Sou um poeta de nome
Sou também um escritor
Vivo de fazer poesia
Recheada de amor
Como fiz com muito brio
Pro hospital infantil
No ano que se passou
XX
Minha boca ninguém cala
Nem aqui nem no Japão
A verdade pra ser dita
Não pode ter comunhão
E eu sempre vou falar
Quem não quiser escutar
Feche a sua audição
XX
Não falei no orçamento
Só fizeram me enganar
Mas aqui ninguém me cala
Aqui eu posso gritar
Sou poeta sou de fato
Sou o cabo Honorato
Pra quem quer me respeitar
XX
No ano que se passou
Eu digo com muito brio
Falei bem e falei só
Isso todo mundo viu
Se o tempo ultrapassou
Mas foi o governador
Que assim o permitiu
XX
Na certeza do que faço
Eu digo que por maior
Esse ano ia fazer
Uma coisa bem melhor
Mas digo como se viu
Quem isso me garantiu
Não passa de um dó menor
XX
Mas no mundo nessa vida
Não podemos se abalar
Com nossa cabeça erguida
Temos sempre que andar
E mostrar com atenção
Que quem tem educação
Faz tudo pra preservar
XX
Deixo aqui o meu protesto
Como poeta que sou
E o resto vai ser resto
Em todo lugar que for
Não falei o prometido
Mais um dia fui aplaudido
Pelo meu governador
Nicário Palmeira Honorato - Poeta do Oiti
Por Redação da Folha – O cabo Honorato, conhecido como Poeta do Oiti, encaminhou versos de protesto e desabafo à Folha (www.folhadovali.com.br) contra a equipe do Vale responsável pela organização da plenária do orçamento, ocorrida em Itaporanga na noite dessa sexta-feira, 27.
O poeta foi convido pela equipe orçamentária do Vale do Piancó a fazer uma apresentação para o governador e o público presente, mas, de última hora, foi mudada a programação e a equipe queria que ele se apresentasse antes da chegada de Ricardo Coutinho, mas o local estava praticamente vazio e o poeta recusou-se a participar por entender que os organizadores foram desrespeitosos com ele e com a sua obra.
Na 1ª plenária, realizada no ano passado, Honorato ocupou o microfone do orçamento e fez uma bela apresentação poética, sendo efusivamente aplaudido pelo governador e todo o público presente.
Na arte da poesia
Nos versos que me convém
Só me levam a pensar
Como é bom fazer o bem
Mostrar sempre o meu valor
Pois quem me decepcionou
Competência aqui não tem
XX
Sou um poeta de nome
Sou também um escritor
Vivo de fazer poesia
Recheada de amor
Como fiz com muito brio
Pro hospital infantil
No ano que se passou
XX
Minha boca ninguém cala
Nem aqui nem no Japão
A verdade pra ser dita
Não pode ter comunhão
E eu sempre vou falar
Quem não quiser escutar
Feche a sua audição
XX
Não falei no orçamento
Só fizeram me enganar
Mas aqui ninguém me cala
Aqui eu posso gritar
Sou poeta sou de fato
Sou o cabo Honorato
Pra quem quer me respeitar
XX
No ano que se passou
Eu digo com muito brio
Falei bem e falei só
Isso todo mundo viu
Se o tempo ultrapassou
Mas foi o governador
Que assim o permitiu
XX
Na certeza do que faço
Eu digo que por maior
Esse ano ia fazer
Uma coisa bem melhor
Mas digo como se viu
Quem isso me garantiu
Não passa de um dó menor
XX
Mas no mundo nessa vida
Não podemos se abalar
Com nossa cabeça erguida
Temos sempre que andar
E mostrar com atenção
Que quem tem educação
Faz tudo pra preservar
XX
Deixo aqui o meu protesto
Como poeta que sou
E o resto vai ser resto
Em todo lugar que for
Não falei o prometido
Mais um dia fui aplaudido
Pelo meu governador
Nicário Palmeira Honorato - Poeta do Oiti
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