sexta-feira, 27 de abril de 2012

SESSENTA ANOS DE CASADOS



SESSENTA ANOS DE CASADOS
Autor, J. Sousa
Certa feita eu estava
Na casa do meu avô
Fui passar um dia lá
Porque ele me chamou,
E eu fui com alegria
Passar um bonito dia
Com vovô e com vovó
E eu fiquei na companhia
Da minha vovó Maria
E do meu vovô Jacó.
Eu cheguei na casa deles
Sete horas da manhã
Vovó me deu pra comer
Uma gostosa maçã,
Recebi com alegria
Enquanto ela dizia
Sem nada de alvoroço:
"Coma essa meu netinho
Que daqui mais um pouquinho
Vovó bota seu almoço."
Eu notei que minha vó
Estava muito contente
Cheia de satisfação
E bastante sorridente,
Já o meu avô prezado
Estava meio calado
Sem Sorrir nenhum pouquinho,
Não sentia alegria
Nem mesmo na companhia
De mim que sou seu netinho.
Daí a pouco eu vi
Quando a minha vó olhou
Bem na cara de vovô
E pra ele assim folou:
Ou meu velhinho amado,
Meu velhinho está lembrado
Que hoje é um dia especial?
Por fazermos nesse teto
Sessenta anos completo
De união conjugal?"
O meu avô disse: "Não!"
A vovó disse: "Pois é,
Hoje faz sessenta anos
Que a gente casou, José,
Na igreja da matriz
Com o Padre Zé Luiz
Que fez nossa cerimônia
Naquele tempo legal
Que havia no pessoal
Moral, capricho e vergonha.
E aí meu velho amado
Para nós comemorar
Esse nosso casamento
Que tal uma galinha matar
para tu comer mais eu?"
Vovô aí respondeu
Empinando o nariz:
"Não vá matar a bichinha
que culpa tem a galinha
Da besteira que eu fiz."

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